




Pensar quando se ama
Torna o sentimento um conluio
Dois goles no drinque
Cria-se o drama
Desfeito o retraimento
A conquista faz parte do testamento
O sorriso indiscreto
Cumpre seu papel
Manuseia-se o títere
Endoça-se o logro
E o moço fagueiro
Tornou-se um ogro
A presa sente-se como tal
Não percebe o sinismo
Isenta-o de culpa
Confunde o tramar
Enganada ela pensa
Ser só
Mais uma etapa
Lúdica deste amar
Pouco tempo basta
Quem era pra ser comedido
Via agora mais graça
Em ser bandido
Quem era pra ser casta
Sedada estava
E que o male
Por maior que seja
Viesse acontecer
Nada a faria despertar
Desta paixão etílica
Os dois estão entregues...
Ela pensa ser eterno
Ele vai agir
Está rendido
Ao seu desejo interno
E aquilo que fora amor
Agora era apenas um jogo
Arriscado de morrer
No amor
Pensar é imoral
Machuca à alma
Despedaça à rosa
Silencia à viola
Torna o puro
Um rebento
Um seresteiro
Num fascínora
Aquele jovem
Antes apenas galante
Era um poeta sapiente
Hoje é um descrente
Está preso ao egoísmo
Mestre sublime do sinismo
Aliás, sapiência e sinismo
Apenas um antigo
Eufemismo
Que mata o amor
Joga-te no abismo.
Pedro Henrique do Amaral
Uau... e as imagens foram muito bem escohidas. que poeta mais apaixonante...
ResponderExcluirLindoo poemaa!
ResponderExcluirEsse Pedro Henrique do Amaral tem talentooo !
ResponderExcluirA cada verso surpreende...
Que beeleza !
Boonito poema.
(:
Será que esse poeta é quem representará nossa poesia?
ResponderExcluirParabéns!
Representar? Onde? rs
ResponderExcluirCom serteza poesia muito bem representada nesse blog
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