quinta-feira, 21 de outubro de 2010

A sociologia do ser


Como nascem as mais diversas ideologias políticas? Errado. Digo: como é o florescer ideológico dentro das pessoas? Direita, esquerda, centro, extrema-esquerda, extrema-direita. A classificação espectro-política é apenas uma insinuação. É a sensualidade de uma mulher fatal, à beira da cama, a espreitar-se pelo prazer. As constantes análises, discussões e apontamentos, a luta entre os pólos políticos é o entrelaçar de pernas. O assassinato de outrem diferente de si é o clímax.
A descoberta do ser político é magnânima. Magnânima, pois não sei o que é isto, de fato. A perfeita analogia ao desabrochar humano quando o próprio se vê envolto à ideologia, às referências morais, à arte de se bem relacionar. Que, aliás, não há mais tresloucada definição sobre. O exercício pleno da política não prevê pragmatismo. É o defeito genético. Por isso, enumeradas vezes me pergunto sobre o que me dá o direito de refletir o mundo, “solucioná-lo”, e querer vê-lo materializado? Há uma justificativa para a minha imposição, que dentro das verdades absolutas deste mundo, figura entre as mais requisitadas pelo ato de cuspir palavras bonitas fora da boca. É a tal igualdade. Fala-se nela. Justifica-se.
Entretanto, como se floresce a legitimação do mal, das diferenças, da segregação, da exploração do homem pelo homem?

(...)

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